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PMC explica a origem dos aromas dos vinhos

8 de Março, 2019

Os apreciadores e curiosos da cultura vinícola nacional têm vindo a crescer e, prova disso, está o também crescente número de mercados, feiras e outros eventos que reúnem produtores e provas de vinhos. Quando nos deparamos com uma prova de vinhos muitos são os conceitos usados, que podem baralhar e confundir o consumidor. Um deles diz respeito a uma característica essencial e necessária para um bom apreciador de vinho: o seu aroma.

A PMC Wine & Food, que estará presente no Mercado Gourmet do Campo Pequeno, de 8 a 10 de março a oferecer aos seus visitantes provas dos vinhos nacionais que representa e dos seus próprios vinhos, Malandra e Jaburu, divulgou o que está na origem dos aromas dos vinhos e queque o ajudarão na sua próxima prova.

O conjunto de aromas de um vinho divide-se em três: os aromas primários ou varietais; os aromas secundários e os aromas terciários. 

Os aromas primários têm a sua origem em compostos químicos presentes na polpa do bago da uva. Estes compostos químicos variam de casta para casta e são a base do aroma de um vinho. São estes aromas que conferem características únicas, que vão dar ao vinho um destaque especial. Podemos encontrar aromas florais (rosa, violeta, cravo, jasmim, madressilva, flor de laranjeira), aromas frutados (citrinos, maçã, pêra, marmelo, damasco, maracujá, banana, frutos vermelhos), aromas vegetais (Pimento verde, menta) e aromas minerais (pedra, giz e petróleo). Existem castas mais aromáticas e mais fáceis de identificar do que outras. É o caso do Moscatel Galego cujo o aroma a líchias tem maior destaque, tanto na uva como no vinho.

Contudo, é durante a fermentação alcoólica que se formam os aromas secundários, resultante da acção das leveduras. Estas, juntamente com as condições de fermentação (o local e a temperatura onde ocorre a fermentação, bem como o tipo de leveduras utilizadas) vão influenciar o perfil aromático do vinho final. Por exemplo se um vinho fermentar numa barrica de carvalho francês vai adquirir aromas mais complexos como o tostado, o café, o caramelo, ou o chocolate negro. Se a fermentação ocorrer em inox, os aromas mais característicos são o pão, leite e manteiga.

Na fase final da produção, durante o envelhecimento do vinho, surgem os aromas terciários. O envelhecimento de um vinho pode ser feito em madeira e garrafa ou apenas em garrafa. Deste contacto entre o vinho e a madeira, por exemplo, podemos obter aromas mais complexos como o tabaco, o cacau, os frutos secos ou até o caramelo.

De acordo com Beatriz Palhais, enóloga da PMC Wine & Food, “Podemos dizer que o aroma dos vinhos reflecte a sua história. Como exemplo temos o aroma do nosso Malandra Reserva Tinto 2016, um verdadeiro equilíbrio entre os aroma varietais como a menta e os frutos silvestres, que se tornaram maduros com a evolução do vinho,  com a frescura das notas balsâmicas. Tudo culmina com os aromas terciários como o cacau, frutos secos tostados e o café que vêm do seu estágio em barricas de carvalho francês.”.