Herdade dos Lagos

A Herdade dos Lagos, no Alentejo, pertence à família Zeppenfeld há mais de trinta e cinco anos. Ao longo do tempo, a propriedade foi alvo de muitas alterações. Quando o armador de Bremen Horst Zeppenfeld, na altura capitão, se rendeu a Portugal, tinha já um sonho: cultivar vinhas e olivais. Atualmente a herdade possui uma área de 1000 hectares com cinco barragens e prioriza o cultivo da vinha, da oliveira e da alfarroba.

Hoje damos-lhe a conhecer melhor esta herdade, pelas palavras de Helena Ferreira Manuel, Gestora da propriedade.

  1. Como descreve a evolução do negócio desde a sua criação até à atualidade? Que momentos destaca até agora?

A Herdade dos Lagos tem tentado crescer ao longo dos tempos de forma sustentável, tendo em linha de conta não só o crescimento económico, mas também a preservação ambiental. Foi nesse sentido que, desde há mais de 35 anos, se florestam na Herdade zonas áridas e semidesérticas e que se retém dentro da exploração a maior quantidade de água possível nas 5 barragens existentes. Toda a exploração foi pensada e vai sendo redesenhada por forma a existir um mínimo desperdício e a máxima conservação e desenvolvimento de biodiversidade. Esta mudança de mentalidade/paradigma assumiu uma maior relevância em 2009 quando toda a herdade passou a ser biológica. Este processo não parou por aqui e atualmente continuamos a trabalhar arduamente para sermos cada vez mais sustentáveis, quer seja recorrendo a uma multiplicidade cultural e sinergia de culturas, quer seja através de técnicas ancestrais de poupança de água ou mesmo recorrendo ao mundo microbiológico para proteção de culturas. Este é atualmente um marco no que fazemos, sempre com o objetivo futuro de utilização de zero químicos e zero resíduos.

  1. Quais as maiores dificuldades que encontra na comercialização de vinhos biológicos e porquê?

Não só os vinhos biológicos, mas também todas as fileiras se encontram ainda ligados ao estigma das fraudes e do produto sem qualidade. No que nos diz respeito, acreditamos que o consumidor está cada vez mais informado e como tal vê num selo de certificação a segurança alimentar. É visível a crescente preocupação ambiental do consumidor fazendo com que a procura destes mercados cresça. Se no passado o mercado interno via o biológico como um “bicho papão”, hoje começa a acreditar e isso é visível internamente com a crescente procura dos nossos produtos. O mercado internacional para o qual desde sempre nos vocacionámos sempre procurou este produto e aqui nunca visionámos a dificuldade do mercado nacional, apenas sentimos o que se sente no mercado dos vinhos, e que ainda se sente: a extrema competitividade e procura de preços baixos, que não é nem nunca será o nosso mercado. Vendemos com qualidade a um preço justo.

  1. Tem alguma novidade prevista para breve? Qual?

A Herdade dos Lagos irá lançar brevemente um trio limitado e numerado:

HDL Granito – Uma Touriga Mineral

HDL Amphora – Um vinho feito com tradição e coração.

HDL Blanc de noir – O nosso ícone, reeditado numa edição especial. Face à procura contante dos nossos clientes resolvemos relançar este vinho, desde 2015 que não existia no mercado.

Pode descobrir mais sobre os vinhos da Herdade dos Lagos aqui

Malandra Reserva 2016

MALANDRA RESERVA 2016

Esse alentejano é uma combinação e tanto de castas. Temos Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet e Syrah. Não podia dar outra coisa senão um vinho muito denso na taça, com um brilho cereja marcante. Os aromas apresentam boa complexidade que vão se revelando aos poucos. Temos o frescor da Touriga, a pimenta preta da Syrah e uma mistura interessante de frutas vermelhas e compota. Na boca um vinho um pouco pesado e encorpado. Taninos presentes sem incomodar, com certeza por conta da juventude do vinho. Pede comida e acompanhou muito bem nosso entrecôte.

MALANDRA RESERVA 2016

Malandra tinto
  • Ao abrir a garrafa – 76
  • Na taça – 76
  • A prova – 78
  • Meia hora depois – 78

Fonte: Vinhaovinho.com

Malaca Castelão, Falgaroso e Quinta Vale do Bragão – Notas de Prova, por David Teixeira

Notas de Prova

Fiz a prova desta referência, em pleno período de confinamento, vinho de cor ruby, notas bem evidentes de fruta vermelha madura, com estrutura macia e aveludada, final de boca rico furtado e persistente. os goles seguintes são puro prazer para o palato. Parabéns e muito sucesso!

Este vinho ( Falgaroso ) apresenta uma cor ruby intensa, frutos vermelhos com notas de ginja e ameixa vermelha, estruturado, final firme e persistente, longo e aromático. Bastante volume de boca, gastronómico vinho que, demonstra a verdadeira identidade do Douro. Mais uma excelente referência que a PMC nos pode oferecer, qualidade preço.

Quinta Vale do Bragão, vinho tinto com aromas complexos, notas balsâmicas, muita fruta negra “Cereja, amoras e ameixa”, ligeiramente especiado, musculado, no palato com todas esta identidade apresenta uma grande frescura.

Quinta Vale do Bragão, um vinho branco mineral, aromático, onde predomina frutas branca, fruta de carroço madura, no palato tem uma acidez temperada / equilibrada, por notas de amêndoa. Aconselho vivamente!